Saya é uma força artística multipotencial, investigadora musical e ativista antirracista. Nascida em Santiago de Compostela, com raízes palestinas e atualmente residente no Porto, destaca-se como DJ multi-gênero, influenciada pelos diversos mundos culturais e artísticos que a rodeiam. Formada em Farmácia pela Universidade de Santiago de Compostela e pela Universidade do Algarve, e como Técnica de Vídeo DJ e Som, conciliou durante mais de 10 anos a sua atividade como DJ, estudante e farmacêutica.

Em 2023, decidiu mudar-se para o Porto com o objetivo de aprofundar-se no universo da gestão cultural, através de um estágio Erasmus na Lovers & Lollypops e, posteriormente, sendo a beneficiária de uma bolsa para se formar em Music Business na Arda Academy. Com um forte enfoque no ativismo cultural, tem desenvolvido uma visão inclusiva aplicada à programação e produção artística, conciliando esse percurso com a sua paixão pela fotografia e videografia (analógica e digital), bem como pela experimentação sonora através de field recordings.

Sua carreira abrange clubes e festivais na Galiza, Espanha, salas em Portugal de norte a sul e apresentações internacionais em clubes na Bélgica e no festival Moga, em Marrocos. Apresentou-se também na plataforma britânica de DJ streaming Keep Hush e estreou o formato DJ set + live visuals, em colaboração com a artista Bárbara Paixão, no Tremor (Açores), Serralves em Festa (Porto) e HER Festival (Tenerife). Além disso, colabora com rádios internacionais como HKCR (Hong Kong), Kiosk Radio (Bruxelas), Foundation.fm (Londres) e Radio Flouka (Paris), explorando sonoridades que vão além do clubbing.

Como ativista, participa de palestras, entrevistas e workshops sobre antirracismo e práticas decoloniais no âmbito cultural. Em duas edições do MIL Lisboa (2023 e 2024), esteve a contribuir para mesas-redondas sobre decolonialismo e revolução, além de talks no Semibreve e no Square Festival. Em 2025, iniciou-se como facilitadora de workshops comunitários de DJing em Tiznit, Marrocos, projeto que se está a expandir para outros territórios. Atualmente, trabalha como curadora cultural em Portugal, desenvolvendo projetos como ‘ALZAR’, na ESR e Sala Lisa, em Lisboa.

Define-se como uma “agitadora cultural”, integrando seus múltiplos talentos e curiosidades numa jornada na que reafirma que a luta antirracista é possível através da música.